Simposios
Organizador: Jaime Waiwai, jaimewaiwai@gmail.com
Sumilla
Nas últimas décadas, o prefixo “etno” e os adjetivos “participativo” e “colaborativo” vêm se tornando corriqueiros nas pesquisas junto a comunidades locais amazônicas no pensar e fazer arqueológico e em outras áreas de conhecimento. De forma semelhante, coleções museológicas e museus têm sido cada vez mais reconhecidos como espaços para esforços de colaboração entre a produção arqueológica e etnográfica, e as populações tradicionais da Amazônia. Todavia, para além do debate sobre a colaboração das comunidades e intelectuais nativxs, propomos uma autorreflexão sobre a construção coletiva do conhecimento: Para quem e como estamos produzindo e difundindo este tipo de conhecimento? De fato, estamos considerando as dinâmicas de alteridades e identidades no processo de construção das interpretações? Ou os “nossxs” interlocutores representam apenas “fontes de informação bruta” a ser “lapidada” por nós? Sob os raios solares do campo arqueológico e etnográfico e/ou sob as luzes fluorescentes dos museus, pesquisadorxs vem abrigando os interlocutores e intelectuais nativxs em suas pesquisas, todavia o trabalho final de produção do texto usualmente reluz o viés epistemológico, político e ideológico dx pesquisadxr não nativx. Este simpósio objetiva problematizar o papel e o modus operandi destas variadas pesquisas anunciadas como “colaborativas”. Assim, convidamos pesquisadorxs nativxs e não nativxs para discutir suas experiências, os desafios, as armadilhas e os avanços destas pesquisas, e se nossos esforços de construção de metodologias coletivas realmente alumiam os discursos teóricos contra-hegemônicos de integração da pluralidade e diversidade de saberes.
Participan:
Xamen Waiwai (UFMG, Brasil) jaimewaiwai@gmail.com
Juan Gabriel Supa (Consejo Indígena del Pueblo Tacana CIPTA, Bolivia)
Cupertino Hizta (Consejo Indígena Regional T´simane Mosetén CRTM, Bolivia)




